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O que você deixou de ser quando cresceu?

O que você sempre fez e que a idade foi afastando você daquilo que você acreditava?

Por Aimée Resende em 17/12/2024 às 11:24:05

Arte: Aimée Resende

Perto do final do ano, a gente sempre se pergunta pelas coisas que queríamos conquistar e não ter conquistado.

A gente começa a iniciar as novas tarefas para o ano seguinte e espera ansiosamente que isso possa ser cumprido e realizado.

Talvez nossas vidas sejam sempre pautadas para o que fizemos e deixamos de fazer.

Mas nunca vi ninguém chegar para se perguntar o que deixamos de ter feito quando a gente cresceu.

O que você sempre fez e que a idade foi afastando você daquilo que você acreditava? O que você aprendeu e se permitiu não seguir em frente com os seus sonhos mais simples e alguém te tirou como um sopro, te fazendo ir para outros caminhos?

Sabe o que é mais interessante de tudo isso?

Mesmo que nos culpemos ou possamos culpar o mundo daquilo que nos afastamos do que realmente importa, a vida nos traz todas as lembranças daquilo que um dia deixamos engavetados em nossos corações.

A cada década das nossas vidas, essa gaveta torna-se a abrir, todos os medos, nostalgias e pessoas que passaram por nós se passam nas nossas mentes e nos perguntamos: Por que a vida se encarrega de nos fazer lembrar disso?

Eu não sei ao certo como isso acontece, ou porque temos esses relapsos a cada tempo, ou instante ou anualmente, mas ver que somos aquilo que aprendemos a ser, as escolhas que fizemos, as experiências que vivemos e seguir o que deixamos para trás por algum motivo, nos amadurece para entender que tudo foi necessário para você valorizar aquilo que, no momento, poderia ser lúdico demais ou até mesmo se era necessário.

Mas nada disso faz você se tornar um ser "perdido", são nessas aventuras que abraçamos nossa criança interior, e prometemos que faremos o nosso melhor.

Eu gosto muito de falar sempre do meu avô e da criança interior dele. É impressionante como ele se permitiu, ao longo a sua vida, sempre trazer o mini senhor Antônio para sorrir, se encher de amor nas pequenas e grandes coisas.

Talvez nosso cotidiano nos cegue com tantas tarefas e objetivos e coisas para adquirir. Mas ao menos você se permitiu comemorar pelas coisas que conquistou?

Que a partir de hoje, você sempre pense: "ok, eu não consegui tal e tal coisa, mas quais foram as tarefas vitoriosas que nem constavam no meu dia e foram tão importantes quanto"?

E assim permitir, desde as mini e grandes vitórias, você correr, pular e gritar, como uma criança feliz e saltitante. Até porque, o que é tão importante para uma criança se não é viver feliz no presente?

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