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Do Pré-Caju à Linda Manhã de Carnaval

Eu era muito pequena pra contar isso, mas os pompons e o look do pré-carnaval eram mais que únicos.

Por Aimée Resende em 11/11/2024 às 10:31:46

Arte - Afrodite | Feito por Aimée

Acordei hoje com a música do maravilhoso Luiz Bonfá, "Manhã de Carnaval", que diz assim em uma das estrofes:

"Manhã, tão bonita manhã
De um dia feliz que chegou
O sol no céu surgiu
E em cada cor brilhou"

"Carnaval fora de época" é uma das expressões mais bonitas que eu, particilarmente gosto de ler. Ele traz a história, o escape, um enredo que o Pré-Caju, nesses longos anos de existência, acompanhou idades e multidões e algo muito lúdico, inusitado e feliz, e vou dizer novamente: Feliz!

Eu era muito pequena pra contar isso, mas os pompons e o look do pré-carnaval eram mais que únicos. Ver a minha mãe se preparando para essa festa e ao mesmo tempo podíamos ver na TV aquela cascata de espuma e o povo maluco, pulando, feliz, enfeitado, cada um com seu visual, seu estilo.

Digo que mesmo quem não viveu pertinho esse evento, há de dizer que viveu aquilo ali também. A cidade para, as pessoas se encontram, os casais se preparam, é muito bom de ver que os dias típicos ficam atípicos. O movimento local, os turistas, as pessoas da cidade se misturando e todos com a simbiose em comum: festejar.

É muito bom olhar para os olhos de quem já viveu o início de tudo. Da simplicidade que veio em 1992 designado como "Suas Férias com Amor", idealizado pelo Fabiano Oliveira, a um evento primordial que caracteriza da melhor forma o CAJU que usamos cotidianamente em nossa cidade. Aracaju sem o Pré-Caju é estranho, é que nem avião sem asa, Piu-Piu sem Frajola, é de fato, um evento embrenhado de sorrisos.

"É com muita alegria", "É única essa sensação", "É um evento maravilhoso", "A gente ama o Pré-caju", "É um evento sensacional"... São as expressões que ouvimos constantemente quando alguém era entrevistado, dos artistas a multidão. E não considero isso como falas superficiais não. Quando entramos no mundo da alegria, a alma se regojiza, se espalha no êxtase de se permitir ali, fugir da realidade e compartilhar bons momentos, não tem o que dizer, só sentir.

O deus Baco que o diga para os dias de hoje, que as boas colheitas só chegavam boas com a alegria e a união das pessoas. E bem digo o mesmo ao Pré-Caju. Que todos tenham saído com essa alegria, que transforma, e para os próximos dias, o resquício desse axé, da benção do ser e a lembrança que resta, se transformar em mais uma linda manhã, como aquela de Luiz Bonfá, Manhã de Carnaval.

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