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Desinformação e preconceito: vacina contra HPV previne câncer, mas adesão no Brasil segue abaixo da meta

Uma vacina que previne câncer disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) de graça.

Por Mega FM em 17/03/2024 às 15:25:29

Uma vacina que previne câncer disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) de graça. Sonho? Não. Ela já existe. Estamos falando da vacina contra o HPV, um vírus associado a mais de 90% dos casos de câncer de colo do útero e fator de risco para desenvolvimento de câncer no ânus, pênis, vulva, vagina e de cabeça e pescoço (uma região conhecida como orofaringe).

O imunizante está disponível no SUS desde 2014, quando foi incluído no Plano Nacional de Imunizações (PNI). Primeiro, foi oferecido só para meninas. Os meninos entraram para o público-alvo em 2017.

No entanto, mesmo sendo gratuita e protegendo contra diversos tipos de câncer, a vacinação ainda não atingiu os índices esperados no país, principalmente entre os meninos (veja os números mais abaixo). Segundo especialistas, entre as motivações estão a desinformação e o preconceito.

Depois da vacina contra a Covid-19, a da HPV está no topo da lista dos negacionistas e do movimento antivacina, segundo o pediatra e infectologista Renato Kfouri, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm). Eles justificam, por exemplo, que o imunizante pode estimular uma vida sexual mais precoce.

"Negacionistas envolvem crenças religiosas, falam que as crianças vão começar a vida sexual mais cedo. A vacina não traz predisposição para a iniciação sexual. Os pais que fazem a vacinação dos filhos estão preocupados com a saúde", diz o vice-presidente da SBIm.

Neila Speck, presidente da Comissão Nacional Especializada no Trato Genital Inferior da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), acredita também que existe muita desinformação sobre as doenças que o HPV pode provocar e esquecimento dos responsáveis sobre o esquema de duas doses do imunizante.

"A pessoa ir até a unidade de saúde para vacinar também não é a melhor opção. O ideal é que fosse aplicado nas escolas, que foi a estratégia inicial quando a vacina chegou ao Brasil. A cobertura vacinal chegou a quase 100% naquela ocasião", conta a ginecologista.

Leia a matéria completa no g1: https://g1.globo.com

Fonte: https://www.radiomega.fm.br/

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