Urgente: Ibovespa cai 10%, dólar sobe e Selic em 13,25%

O ano de 2024 fechou com resultados preocupantes para a economia brasileira. O principal índice da B3, o Ibovespa, registrou queda de 10%, atingindo 120,7 mil pontos. Simultaneamente, o dólar ultrapassou pela primeira vez a barreira dos R$6,00.

Essa conjuntura econômica adversa sucedeu à divulgação do pacote de corte de gastos do governo Lula, que frustrou as expectativas do mercado. A alta do dólar e a queda do Ibovespa refletem a incerteza gerada por essas medidas.

Os títulos do Tesouro Direto atingiram novas máximas históricas. Títulos prefixados encerraram o ano com prêmios superiores a 15%, enquanto os indexados ao IPCA+ apresentaram rentabilidades próximas a 8% de ganho real. Essa busca por segurança demonstra a aversão ao risco no atual cenário econômico.

Em resposta à instabilidade econômica, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) elevou a taxa Selic para 13,25%, o maior nível desde setembro de 2023. Novas altas são esperadas para as próximas reuniões.

"A autoridade monetária informou, em ata da reunião divulgada na terça-feira 4, que considera apropriado um novo aumento de 1 ponto percentual na taxa de juros em março." concluiu o Banco Central.

Projeções para a Selic variam entre instituições financeiras. Enquanto o BTG Pactual prevê um aumento até 15,25% até o final do ano, a EQI Research apresenta uma perspectiva ainda mais pessimista, projetando a Selic em 16,25% até o fim de 2025, com queda gradual somente em 2026 e 2027.

Essa previsão se baseia no crescimento da inflação, que fechou 2024 em 4,83% e deve atingir 5,51% em 2025, segundo o Boletim Focus. A inflação, portanto, é um fator crucial na definição da política monetária.

O cenário internacional também contribui para a instabilidade econômica brasileira. Com o retorno de Donald Trump à presidência dos EUA, e suas novas tarifas de importação para produtos vindos da China, Canadá e México, o mercado demonstra preocupação.

"Em resposta à política de Trump, a China anunciou uma tarifa de até 15% sobre produtos norte-americanos." - agências de notícias.

Além do impacto da guerra comercial, essas tarifas podem pressionar a inflação americana, exigindo uma política monetária mais restritiva nos EUA. Juros altos nos EUA atraem investimentos estrangeiros, diminuindo o capital disponível para mercados emergentes como o Brasil. A mudança tributária sobre fundos exclusivos de investimento, implementada em 2024, também impactou o mercado financeiro.

O ano de 2024 marcou a entrada em vigor do regime come-cotas, que cobra imposto de renda sobre a rentabilidade dos fundos duas vezes ao ano. Essa mudança contrasta com o sistema anterior, em que o IR era cobrado apenas no resgate, e de forma regressiva.

Em resumo, o ano de 2024 apresentou um cenário econômico desafiador para o Brasil, marcado por queda do Ibovespa, alta do dólar, aumento da Selic, inflação crescente e incertezas geradas tanto pela política econômica interna quanto pelas tensões geopolíticas. Donald Trump, Lula, inflação, dólar, Tesouro Direto.

*Reportagem produzida com auxílio de IA