MONTEVIDEO, 6 de dezembro — Em um evento no Uruguai que reuniu os presidentes sul-americanos Javier Milei, Luis Lacalle Pou, Lula e Santiago Peña, além da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, o Mercosul e a União Europeia anunciaram há pouco a conclusão do tão aguardado acordo comercial (mercado comum) entre as das zonas comerciais, que foi negociado por 25 anos, fechado em junho de 2019 e que visa a eliminação da maioria das tarifas entre as duas regiões.
Apesar do anúncio, para entrar em vigor plenamente, o acordo precisará ser ratificado por TODOS os membros da União Europeia e por todos os países da zona comercial sul-americana.
Hoje, no bloco europeu, os países mais favoráveis ao acordo são Alemanha e Espanha.
A lista de países contrários ao acordo inclui França e Polônia, que se manifestaram publicamente contra a medida (lobby do Agro local), além de Holanda, Áustria e Itália, que, embora não tenham se pronunciado, compartilham as mesmas preocupações em relação ao pacto comercial.
Antes das votações chegarem aos Parlamentos locais dos países europeus, o tema ainda será votado pelo Conselho Europeu e pelo Parlamento Europeu.
Caso o acordo seja aprovado pelo Parlamento Europeu, algumas das medidas comerciais do acordo já poderão entrar em vigor provisoriamente (existe a possibilidade do acordo nem chegar aos Parlamentos locais dos países e já ser barrado no Parlamento Europeu).
No caso de um único Parlamento de algum país europeu rejeitar o acordo, todas as medidas aplicadas provisoriamente antes da ratificação final serão anuladas e descartadas.
O texto final acordado entre os negociadores sul-americanos e europeus, que sofreu ao menos 7 modificações desde 2023, ainda está sendo mantido sob sigilo.
Antes da assinatura, o texto final ainda passará por revisões e será traduzido para 23 idiomas.
Na ainda difícil hipótese de o acordo superar as barreiras impostas por países como França, Polônia, Áustria, Itália e Holanda, o mercado comum entre as duas zonas comerciais abrangerá 700 milhões de pessoas, em países com um PIB combinado de US$ 22,3 trilhões.
(Matéria em atualização)
Fonte: O Apolo Brasil