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Tensão PolĂ­tica: Demissões na Fundação Renascer geram polĂȘmica

Pai e tia de vereadora eleita estão na relação de exonerados

Por Higor Trindade em 17/12/2024 às 11:49:48
Reprodução: Assessoria

Reprodução: Assessoria

A recente decisão da primeira-dama do Estado e secretĂĄria de Desenvolvimento e Inclusão Social, Érica Mitidieri, de demitir cargos comissionados ligados à Fundação Renascer, acendeu discussões no cenĂĄrio polĂ­tico sergipano. Entre os exonerados estão figuras com fortes conexões polĂ­ticas, como o pai e a tia de uma vereadora eleita em Aracaju Thannata da Equoterapia e a chefe de Gabinete do ex-deputado estadual Capitão Samuel, atual presidente da Fundação Renascer.

A medida foi tomada sem consulta prévia ao presidente da autarquia, Capitão Samuel, evidenciando uma possĂ­vel fissura nas relações entre ele e a titular da SEIDES. Vale lembrar que a Fundação Renascer, responsĂĄvel pela gestão de polĂ­ticas socioeducativas e de acolhimento de crianças e adolescentes, é diretamente vinculada à SEIDES, reforçando o controle da primeira-dama sobre as decisões da autarquia.

"O governo de Sergipe encaminhou à Alese o novo estatuto da Fundação Renascer, consolidando a socioeducação como uma realidade. Com essas alterações, haverĂĄ mudanças nos cargos da Fundação, como por exemplo a criação das funções de Ouvidor e Corregedor. Os cargos que foram exonerados são de competĂȘncia da SEIDES", explicou o capitão Samuel, presidente da Fundação Renascer.

A situação gerou repercussão imediata entre aliados e opositores, suscitando questionamentos sobre as motivações polĂ­ticas por trĂĄs das exonerações. Fontes ligadas ao governo sugerem que a decisião da secretĂĄria pode ter como objetivo reforçar sua autoridade no comando da pasta, enquanto outros especulam sobre possĂ­veis ajustes estratégicos com vistas às eleições gerais de 2026.

Capitão Samuel, por sua vez, tem mantido discrição sobre o assunto, mas nos bastidores comenta-se que ele não foi consultado sobre as demissões, o que teria causado desconforto em sua base de apoio.

O impacto dessa decisão na governabilidade e no futuro da Fundação Renascer ainda é incerto, mas o episódio lança luz sobre as disputas internas no governo. Para analistas, o caso reforça a necessidade de maior transparĂȘncia e alinhamento nas decisões polĂ­ticas, especialmente em órgãos sensĂ­veis como a Fundação Renascer.

Em um cenĂĄrio de articulações eleitorais, o movimento de Érica Mitidieri pode ser interpretado como uma demonstração de força e liderança dentro do governo, mas também carrega o risco de alienar aliados estratégicos. O desenrolar desse episódio certamente serĂĄ acompanhado de perto pelos principais atores polĂ­ticos do Estado.

Confira a entrevista completa no vĂ­deo abaixo:


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