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Reunião pegou fogo: PT de Sergipe vive clima de tensão

A exposição pĂșblica das divergĂȘncias tambĂ©m aumenta a pressão sobre a liderança partidĂĄria em Sergipe

Por Higor Trindade em 17/12/2024 às 11:47:09
Reprodução: PT Brasil

Reprodução: PT Brasil

A reunião do Diretório Estadual do Partido dos Trabalhadores (PT) em Sergipe, realizada no último domingo (15), foi marcada por intensos desentendimentos e atos de violĂȘncia verbal, expondo um racha interno no partido. O encontro tinha como pauta principal a anĂĄlise dos resultados das eleições municipais e as articulações para as disputas eleitorais de 2026. Em especial, buscava-se alinhar estratégias para a manutenção dos mandatos do senador Rogério Carvalho e do deputado federal João Daniel.

No entanto, o que era para ser um momento de debate político acabou se transformando em uma arena de confrontos. As divergĂȘncias entre a corrente majoritĂĄria, liderada por Rogério Carvalho, e o grupo Construindo um Novo Brasil (CNB), comandado por MĂĄrcio Macedo, atingiram um ponto crítico.

O estopim foi a tentativa de Rogério em aprovar, de forma considerada impositiva, uma nota da Executiva Estadual. A atitude gerou reações inflamadas por parte do CNB, que rejeitou categoricamente a proposta. Durante o embate, Rogério Carvalho elevou o tom e chegou a acusar os membros da CNB de serem "fascistas" e "ratos de esgoto". A declaração gerou revolta imediata e levou à retirada dos integrantes do grupo da reunião.

Esse episódio reforça as divisões internas que o PT em Sergipe vem enfrentando, colocando em xeque a capacidade de união do partido para os próximos desafios eleitorais. Embora conflitos sejam comuns em grandes partidos com diversas correntes ideológicas, a gravidade do ocorrido pode dificultar a construção de um consenso, essencial para a manutenção de mandatos e a busca de novos espaços políticos.

A exposição pública das divergĂȘncias também aumenta a pressão sobre a liderança partidĂĄria em Sergipe, que precisarĂĄ encontrar formas de recompor as relações internas. O caminho para a pacificação, no entanto, parece estar longe de uma solução.

A informação foi publicada originalmente na coluna do jornalista Díogenes Brayner, um dos mais respeitados analistas da política sergipana.

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