Em uma entrevista polêmica concedida ao Jornal da Mega, o ex-senador e atual candidato a prefeito de Nossa Senhora das Dores, Almeida Lima, fez declarações contundentes sobre sua gestão à frente da Secretaria de Saúde e o cenário político atual no estado. Conduzida pelo jornalista Antero Alves, a conversa trouxe à tona acusações de corrupção e críticas diretas a figuras públicas.
Almeida Lima não economizou nas palavras ao afirmar que durante sua gestão na Secretaria de Saúde existia um esquema de corrupção. "A despesa era de 49 milhões por mês. Quando eu entreguei com um ano e dois meses depois, deixei com 27 milhões. Equipando todo aquilo que eu disse no meu discurso de posse. Governador Jackson Barreto, eu irei fazer mais do menos", destacou o ex-senador.
Segundo ele, após sua saída, os gastos na Saúde voltaram a aumentar. "Quando eu saí, 60 dias depois, o então governador Belivaldo Chagas chegou em emissora de rádio reclamando que estava gastando 50 milhões no HUSE. Voltou ao que era antes. Era por isso que um dos esquemas mais bravos para eu deixar a Secretaria de Saúde era da Família Mitidieri mesmo. Pai e filhos pressionavam o governador Jackson Barreto para me botar para fora", revelou.
Almeida Lima ainda fez referência à implementação do centro administrativo, que, segundo ele, é o mais moderno do país, além da devolução de 13 imóveis alugados. "Entre os imóveis, estava a sede do Samu na travessa Juca Barreto. Sabe de quem era o prédio? Era da família Mitidieri, o valor era de R$ 30 mil reais", afirmou.
A entrevista também abordou a relação política entre Dr. Gilberto, apontado como potencial aliado do Partido dos Trabalhadores (PT), e a figura do governador. "PT. Nada! Ele será PT pra daqui a dois anos. Agora, ele queria estar no palanque do governador e o filho não deixou subir", declarou Almeida Lima, insinuando uma tentativa frustrada de Dr. Gilberto de se alinhar com a administração estadual.
Ainda sobre a postura política de Dr. Gilberto, o ex-senador enfatizou a falta de mudanças significativas na gestão do município. "Quem foi prefeito de Dores nesses últimos 20 anos? Nenhum deles deseja mudança", criticou.
Ao ser questionado por Antero Alves se guardava alguma mágoa do ex-governador Belivaldo Chagas, Almeida Lima foi enfático: "Eu não. Para mim, ele é um zero à esquerda". Sua resposta direta reflete o tom de enfrentamento que marcou toda a entrevista.
As declarações de Almeida Lima levantam questões importantes sobre a integridade e transparência na gestão pública, além de provocarem reflexões sobre as dinâmicas políticas internas do estado. As próximas semanas prometem ser de intensos debates, especialmente à medida que a campanha eleitoral em Nossa Senhora das Dores se intensifica.