A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), de julho de 2023, que determina que servidores admitidos sem concurso pĂșblico até a promulgação da Constituição Federal de 1988 devem se vincular ao Regime Geral de PrevidĂȘncia Social (RGPS) - administrado pelo INSS - e não sob as regras dos Regimes Próprios de PrevidĂȘncia Social (RPPS), foi tema de reunião ocorrida nesta terça-feira, 5, no Tribunal de Contas do Estado de Sergipe (TCE/SE).
Participaram do encontro representantes da Secretaria de Estado da Administração (Sead), Tribunal de Justiça (TJSE), ministérios pĂșblicos do Estado (MPE) e de Contas (MPC), Procuradoria-Geral do Estado, Defensoria PĂșblica e institutos de previdĂȘncia do Estado e do MunicĂpio de Aracaju.
"É um tema que estĂĄ em evidĂȘncia no paĂs e terĂĄ efeito também em nosso estado, portanto, é importante que tenhamos esse debate institucional para lidarmos com essa situação da forma mais adequada no que diz respeito ao correto entendimento legal", destacou a conselheira presidente.
Em desdobramento posterior à decisão do Supremo, o TCE do Rio Grande do Norte (TCE/RN) estabeleceu prazo até 25 de abril para que os servidores atingidos se aposentem dentro da previdĂȘncia própria do serviço pĂșblico - caso contrĂĄrio, serão vinculados ao INSS.
Conforme o presidente do SergipePrevidĂȘncia, José Roberto de Lima, o diĂĄlogo na Corte sergipana teve o intuito de harmonizar a compreensão local acerca dessa nova realidade.
"JĂĄ tivemos um avanço muito grande no entendimento com relação à data-limite e no encaminhamento de uma reunião com o STF, com o ministro relator desse caso, para que possamos ter uma decisão definitiva e gerarmos uma segurança jurĂdica para os dirigentes e servidores", comentou.
O defensor pĂșblico Jesus Jairo Almeida também avaliou o encontro de forma positiva e projetou as etapas seguintes. "É importante para que possamos buscar soluções frente a essa decisão do STF; a Procuradoria-Geral do Estado estĂĄ preparando um parecer e realmente temos que ir também ao Supremo para que possa dar uma decisão mais clara e assim tenhamos um norte de como agir no nosso estado".
Fotos: Igor Graccho
Fonte: DICOM/TCE
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