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Mulher que teria inspirado personagem Martha de "Bebê Rena" processa Netflix e pede US$ 170 milhões

Uma mulher britânica que alega ser a inspiração para a personagem perseguidora de “Bebê Rena“, série de sucesso da Netflix, iniciou um processo contra o serviço de streaming nesta quinta-feira (6), exigindo uma indenização de US$ 170 milhões, cerca de R$ 894 milhões.

Por Heloisa Mendonça em 07/06/2024 às 11:34:17

Uma mulher britânica que alega ser a inspiração para a personagem perseguidora de “Bebê Rena“, série de sucesso da Netflix, iniciou um processo contra o serviço de streaming nesta quinta-feira (6), exigindo uma indenização de US$ 170 milhões, cerca de R$ 894 milhões. Fiona Harvey se identificou como a “Martha” da vida real, a mulher delirante, violenta e abusiva no centro do fenômeno global criado e protagonizado por Richard Gadd, que em seu episódio inicial afirma ser “uma história real”. Essa declaração “é a maior mentira na história da televisão”, diz a ação judicial apresentada na Califórnia, nos Estados Unidos. “É uma mentira contada pela Netflix e pelo criador da série, Richard Gadd, por ganância e desejo de fama; uma mentira elaborada para atrair mais espectadores, conseguir mais atenção, para fazer mais dinheiro, e para violentamente destruir a vida da demandante, Fiona Harvey”, acrescenta o texto. “Nós pretendemos defender esta questão de maneira vigorosa e defender o direito de Richard Gadd de contar a sua história”, afirmou um porta-voz da Netflix em um comunicado. A série de sete episódios estreou em abril de 2024 e rapidamente conquistou um enorme público.

Em “Bebê Rena”, baseada em um monólogo de Gadd, uma versão ficcionalizada do autor, Donny, conhece uma mulher no pub onde ele trabalha. Martha envia milhares de e-mails, mensagens de texto e voz para o protagonista, sua namorada e sua família. A protagonista, que segundo a série já havia sido anteriormente condenada por perseguir um advogado, também abusa sexualmente de Donny. Gadd disse a jornalistas que mudou detalhes sobre Martha para proteger sua identidade, mas “detetives” da internet não demoraram a descobrir Fiona Harvey e começar a fazer contato com ela pelas redes sociais. Desde então, ela já apareceu na televisão britânica negando ter bombardeado Gadd com mensagens ou ter atacado a ele e sua namorada. “Os réus contaram essas mentiras e nunca pararam, porque era uma história melhor do que a verdade, e histórias melhores geram dinheiro”, diz o processo. “E a Netflix, uma empresa de entretenimento bilionária e multinacional, literalmente não fez nada para confirmar a ‘história real’ que Gadd contou”. A ação alega difamação, imposição intencional de sofrimento emocional e negligência, entre outras reivindicações.

*Com informações da AFP

Fonte: Jovem Pan

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