O Supremo Tribunal de Justiça (STJ) decidiu, na noite dessa terça-feira (22), pela soltura do presidente ONG Salvar, que fabrica medicamentos à base de cannabis, e estendeu a decisão aos outros quatro dirigentes. Eles foram presos no dia 26 de abril, acusados de trĂĄfico de drogas. A informação foi confirmada pela defesa do presidente, o advogado Gustavo Costa. A medida foi concedida pelo Ministro Sebastião Reis JĂșnior. A expectativa é que eles sejam liberados nesta quarta (23).
Os dirigentes foram presos preventivamente durante uma operação da PolĂcia Civil em Aracaju e em Salgado. Segundo as investigações, eles teriam se aproveitado da facilidade de acesso e a falta de fiscalização para desviar as plantas produzidas e comercializĂĄ-las ilegalmente pelo estado, chegando a cobrar o valor de R$ 30 mil por quilo de droga. O valor arrecadado pela comercialização não foi divulgado pela polĂcia.
A associação tem autorização judicial para realizar o cultivo, a manipulação, o preparo, a produção, o armazenamento, o transporte, a dispensa e a pesquisa da cannabis sativa pra fins exclusivamente medicinais, para pacientes, com laudo e receita médica. Os produtos são destinados a mais de 1 mil associados, com doenças como fibromialgia, câncer, epilepsia, Alzheimer e Parkinson, além de pessoas com autismo.
O Departamento de Narcóticos havia informado que a associação em si não era objeto das investigações. Entretanto, a Salvar denunciou que estĂĄ sendo impedida de colher a planta, manipular e dispensar os medicamentos. Um pedido para que a plantação seja colhida e estocada foi pedida neste mĂȘs de maio ao Tribunal de Justiça de Sergipe.
Produção da ONG — Foto: PolĂcia Civil/SE/arquivo
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