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Esquema de Desvios Financeiros em Shows Promovidos por Manoel Sukita e Equipe

onde há fumaça, há fogo:

Por Paulo Marcelo em 03/09/2024 às 10:22:29

Recentes investigações trazem à tona um esquema complexo de desvios financeiros e fraudes envolvendo o ex-apresentador Manoel Sukita, sua filha Isadora Sukita, e outros membros de sua equipe. O esquema foi operado durante a organização de grandes shows em Capela, entre eles o aguardado evento com o cantor Amado Batista.

O Início do Plano: A Mega Produções e os Shows

O plano teve início quando Sukita, ex-apresentador da Mega FM e ex-funcionário da Mega Produções, propôs a realização de um show com Amado Batista, com a promessa de grandes lucros. Isadora Sukita, filha de Sukita e sócia da Mega FM, se juntou ao pai na promoção do evento. A proposta inicial era que nenhum recurso da Mega FM fosse usado, sendo necessário encontrar alternativas para os custos.

A equipe responsável pela organização incluiu não só Isadora e Manoel Sukita, mas também Joseane Góes (esposa de Sukita), Sávio Feitosa (assessor de Sukita), e Wagner Walter, diretor artístico da Mega FM, que posteriormente foi descoberto recebendo comissões de 10% pelos shows organizados por Sukita.

Fraudes e Desvios no Processo de Organização

O evento, que inicialmente seria realizado em 7 de junho de 2024 com um único show, expandiu-se para um festival de dois dias. O objetivo principal, segundo relatos, era arrecadar fundos para que Isadora pudesse realizar um aporte financeiro na Mega FM, que prometia um faturamento de R$ 220 mil mensais. No entanto, essas metas comerciais nunca foram cumpridas.

Uma das fraudes identificadas envolveu a utilização do CNPJ da Mega Produções para a realização do evento. Pressionada por Sukita e sua equipe, a empresa cedeu após promessas de que o lucro seria usado para pagar a folha salarial da rádio. Com o CNPJ em mãos, Sukita abordou empresários locais em busca de patrocínios, que seriam utilizados para financiar o show.

Outra irregularidade grave envolveu a venda de ingressos. A equipe inicialmente optou por usar a plataforma Sympla, que oferecia segurança contra fraudes. No entanto, para evitar custos e aumentar os lucros pessoais, Sávio Feitosa começou a imprimir ingressos "off-line", sem a devida contabilização pela plataforma. Além disso, ingressos foram impressos em gráficas, ocultando o controle de vendas. O dinheiro desses ingressos foi utilizado sem qualquer prestação de contas, e valores exorbitantes foram cobrados por mesas, supostamente vendidas para políticos da região.

Resultados e Consequências

Após o evento, em uma reunião com colaboradores da Mega FM e Mega Produções, Sukita afirmou que os shows custaram R$ 500 mil, mas que a arrecadação total foi de R$ 740 mil. Entretanto, R$ 240 mil desse montante desapareceram sem explicações, o que gerou demissões e conflitos internos.

As investigações continuam, mas os indícios apontam para um esquema orquestrado de desvio de fundos e fraudes que não só prejudicaram financeiramente as empresas envolvidas, mas também mancharam a reputação de todos os envolvidos.

Este caso serve como alerta para a necessidade de uma maior transparência e controle nas operações financeiras, especialmente em eventos de grande porte.

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