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Faltam menos de dois anos para as eleições de 2026, e o cenário político de Sergipe já começa a se movimentar. Pré-candidatos observam os números, estudam estratégias e buscam se consolidar como opções viáveis para o eleitorado. Mas a grande pergunta que precisa ser feita não é sobre alianças ou campanhas, e sim: os políticos estão preparados para as expectativas da sociedade? E os eleitores, estão atentos ao que realmente desejam para o futuro?
A relação entre eleitores e políticos tem passado por transformações. A era do "voto garantido" está cada vez mais em risco para aqueles que insistem em repetir os erros do passado. A população cobra transparência, resultados e compromisso real com as demandas sociais. O problema? Muitos políticos ainda não entenderam que o jogo mudou.
O que os eleitores querem?
O eleitor sergipano quer mais do que discursos bem ensaiados e visitas pontuais em períodos de campanha. Quer soluções! Quer ver estradas sendo recuperadas, hospitais funcionando com eficiência, educação valorizada e segurança pública sendo tratada com seriedade. A paciência com promessas vazias diminuiu, e a força das redes sociais deu voz à cobrança imediata por ações concretas.
Hoje, os políticos são observados 24 horas por dia. Um vídeo, uma declaração infeliz ou uma falta de posicionamento podem significar a perda de apoio em larga escala. A sociedade está conectada, discute política em tempo real e quer representantes que estejam preparados para lidar com a nova realidade do debate público.
O desafio dos políticos profissionais
Para os que se consideram "políticos de carreira", 2026 será um teste de sobrevivência. A política não é mais um ambiente exclusivo para os mesmos nomes e dinastias eleitorais. Novos líderes surgem, velhas práticas são rejeitadas e a credibilidade é colocada à prova constantemente.
Quem quiser continuar na política precisa se reinventar todos os dias. É preciso mais do que "estar na política"; é necessário ter um propósito claro e uma entrega concreta. O eleitor moderno não quer mais ser tratado como alguém que apenas "cumpre seu papel na urna" de quatro em quatro anos. Ele exige respeito, trabalho e resultados contínuos.
Afinal, quem não entrega, será cobrado. Quem erra, será lembrado. Quem ignora as mudanças, ficará para trás.
Eleitores e políticos precisam se preparar. Se as eleições de 2026 prometem ser agitadas em Sergipe, é porque existe um sentimento crescente de insatisfação e renovação. O eleitor tem um papel fundamental nesse processo: não pode mais votar no automático, precisa analisar, questionar e exigir posicionamento real dos candidatos.
Por outro lado, os políticos que ainda não entenderam a nova dinâmica do eleitorado precisam acordar. A política não é sobre perpetuação no poder, mas sobre entregar soluções e honrar compromissos. Quem não perceber isso, verá sua trajetória ruir diante de uma sociedade cada vez mais crítica e participativa. E a pergunta que fica é: Quem está realmente pronto para 2026?