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Diego da Costa

Prefeituras em foco: Como a Unidade de Comando pode transformar a gestão pública.

A importância da Unidade de Comando nas prefeituras municipais: Desafios e oportunidades para a liderança.


arquivo pessoal / Canva

A diplomação dos novos prefeitos e prefeitas marca o início de um ciclo de expectativas e responsabilidades nas administrações municipais. Entre as diversas exigências para o sucesso de uma gestão pública eficiente, a aplicação do princípio da Unidade de Comando se destaca como essencial. Mas o que exatamente significa esse conceito, e como sua ausência pode impactar negativamente a gestão pública?


O que é Unidade de Comando?

A Unidade de Comando é um princípio administrativo que estabelece que cada subordinado deve responder a um único superior hierárquico. Isso garante clareza nas ordens, evita confusão e reduz o risco de decisões conflitantes. É um conceito básico na gestão, aplicável tanto no setor público quanto no privado, mas assume especial relevância em organizações complexas como as prefeituras, onde diferentes secretarias, empresas públicas, fundações, departamentos e programas precisam trabalhar de forma integrada.

Por que é fundamental para as prefeituras?

1. Coordenação de Ações:

Nas prefeituras, diversos setores – saúde, educação, infraestrutura, meio ambiente, turismo, segurança, limpeza, infraestrutura – precisam operar de maneira coordenada. Sem uma liderança clara, é muito comum que esforços sejam duplicados ou mal direcionados, desperdiçando recursos e tempo.

2. Resolução de Conflitos Internos:

A ausência de uma cadeia de comando bem definida pode gerar disputas internas e conflitos de autoridade entre secretarias ou departamentos, dificultando a implementação de políticas públicas, o que acontece muito.

3. Foco no Planejamento:

Prefeitos e prefeitas diplomados precisam assumir o papel de líderes estratégicos, orientando suas equipes para um planejamento focado em resultados. Sem a Unidade de Comando, as prioridades ficam dispersas, comprometendo os objetivos da gestão. Neste ponto é importante demais entender os conceitos de estratégia, tática e operação.

Os desafios da ausência de Unidade de Comando

A falta desse princípio em prefeituras pode trazer consequências significativas:

- Incoerência nas decisões: Quando várias vozes dão ordens contraditórias, a execução de projetos fica comprometida. Isso é especialmente problemático em situações de emergência, como enchentes ou crises sanitárias, por exemplo.

- Perda de confiança da população: Cidadãos percebem rapidamente quando a gestão é desorganizada. Isso impacta diretamente a credibilidade do governo municipal. É importante lembrar que o cidadão é o seu "cliente".

- Desperdício de recursos: Sem coordenação, os orçamentos municipais podem ser aplicados de forma inadequada ou redundante. Desperdício aumentando os custos e diminuindo o sentimento de valor da gestão.

A liderança como eixo central da Unidade de Comando

Prefeitos e prefeitas têm um papel central na consolidação desse princípio. Além de delegar responsabilidades de forma clara, precisam atuar como facilitadores, líderes servidores, promovendo uma cultura de trabalho em equipe e comunicação eficiente.


Algumas estratégias incluem:

1. Definir papéis e responsabilidades: Cada secretaria deve ter objetivos claros e alinhados com o plano de governo. Este já apresentado no processo eleitoral.

2. Fortalecer a comunicação interna: Reuniões períodicas e canais de diálogo aberto evitam mal-entendidos e reforçam a unidade da equipe. Cuidado com comunicações por e-mail, ofícios, sistemas, whatsapp, entre outras.

3. Treinamento de líderes locais: Secretários e diretores de departamentos devem ser capacitados para atuar como líderes dentro de suas áreas, seguindo o mesmo norte estratégico.

Um exemplo prático

Imagine uma situação de alagamento em uma cidade. Algo muito comum onde moramos. Sem uma Unidade de Comando, a Defesa Civil, a Secretaria de Infraestrutura e a Secretaria de Assistência Social podem agir de forma independente, com pouca ou nenhuma interação. O resultado? Desorganização, desperdício de recursos e uma resposta ineficaz à crise. Com uma liderança centralizada e integrada, a resposta seria mais coordenada, eficiente e rápida, minimizando os danos para a população. Um grupo permanente de combate a crises pode ser uma solução.

A Unidade de Comando é mais do que um conceito técnico; é uma necessidade prática para garantir que as prefeituras municipais entreguem os resultados que a população espera. Prefeitos e prefeitas recém-diplomados têm a oportunidade de implementar esse princípio desde o início de suas gestões, fortalecendo a liderança e garantindo que suas administrações sejam reconhecidas pela eficiência e transparência. A liderança, neste contexto, não é apenas sobre tomar decisões, mandar, comandar, mas sobre inspirar, organizar e alinhar equipes para um propósito maior: o desenvolvimento sustentável e o bem-estar da comunidade. Se as prefeituras abraçarem esse princípio, terão não apenas gestões mais organizadas, mas também cidadãos mais confiantes no poder público. E esse é, sem dúvida, o maior legado de um líder municipal.

Diego da Costa é profissional de administração, escritor e radialista. Pós-graduado em Gestão de Marketing com um MBA em Gerenciamento de Projetos.

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