A gestão pública no âmbito municipal enfrenta desafios complexos que exigem soluções integradas e colaborativas. Em um cenário onde recursos são limitados e as demandas sociais crescem em ritmo acelerado, a integração entre secretarias municipais se torna essencial para fortalecer a administração das cidades e gerar resultados concretos para a população.
Um exemplo inspirador vem de Jorge Melguizo, ex-secretário de Cultura Cidadã e Desenvolvimento Social de Medellín, na Colômbia. Sua atuação foi determinante para transformar a cidade, utilizando a integração de políticas sociais, educacionais e culturais como alicerce de uma nova visão de gestão pública. Melguizo demonstrou que, quando setores distintos trabalham juntos, o impacto positivo é multiplicado, atingindo os cidadãos de forma mais abrangente e efetiva.
Essa lição é especialmente relevante para os gestores municipais brasileiros. Em vez de secretarias atuarem de forma isolada, a criação de métodos claros de colaboração pode unir esforços em torno de objetivos comuns, como a redução da desigualdade, a melhoria da educação e o fortalecimento da saúde pública. Um exemplo prático seria integrar dados da saúde e da assistência social para identificar populações vulneráveis e atender suas necessidades de maneira mais eficiente.
Além disso, a integração não se limita a ações práticas, mas envolve uma mudança de mentalidade. Os gestores precisam enxergar a cidade como um organismo vivo, onde cada secretaria é um órgão vital que, para funcionar plenamente, deve colaborar com os demais.
A implementação de um método eficaz requer etapas bem definidas: diagnóstico compartilhado das necessidades da cidade, estabelecimento de metas intersetoriais, reuniões periódicas para alinhar ações e o uso de tecnologia para monitorar os resultados. Tudo isso com foco na transparência e no envolvimento da sociedade civil.
Assim como Medellín, as cidades brasileiras podem encontrar na integração um caminho para a transformação. O fortalecimento das gestões municipais não está apenas na eficiência administrativa, mas na capacidade de unir esforços em prol do bem comum. E é nessa união que reside o verdadeiro poder de fazer cidades melhores.