A política é dinâmica, e suas mudanças ocorrem conforme as circunstâncias e os interesses daqueles que detêm o poder. Em Sergipe, esse cenário não é diferente. O estado pode estar prestes a ser atingido por uma nova onda que promete abalar os planos do governador Fábio Mitidieri. E, se há algo que pode comprometer ainda mais sua gestão, é a presença daquele que mais atrapalha do que ajuda — uma "pedra no sapato" cujo nome não precisa ser citado, pois quem acompanha os bastidores políticos sabe de quem se trata.
Sou otimista e mantenho sempre bons pensamentos, pois acredito que a fé em Deus move desde pequenos sonhos até grandes realizações. Quem acredita fielmente, sabe que tudo pode ser transformado. No entanto, mesmo com fé, é preciso reconhecer os sinais da realidade política e compreender os movimentos que indicam rupturas e reconfigurações.
Durante a realização do Verão Sergipe, evento que impulsiona o turismo e gera emprego e renda, um detalhe chamou a atenção: um certo "climão" entre o governador Fábio Mitidieri e seu principal aliado, André Moura. Estive presente no evento em Canindé de São Francisco e percebi um afastamento evidente entre os dois. Enquanto André Moura chegou acompanhado do prefeito Machadinho e de outros gestores municipais, o governador chegou apenas com a primeira-dama Érica Mitidieri e um grupo reduzido de assessores. Esse detalhe pode parecer simples, mas na política, gestos e posturas dizem muito. Para alguns, foi um sinal de fraqueza do governador; para outros, o prenúncio de uma ruptura iminente.
Se essa separação acontecer, o maior prejudicado será, sem dúvida, Fábio Mitidieri. Isso porque André Moura já consolidou um grupo forte e bem coeso sob sua liderança, enquanto o governador, além de depender de alianças instáveis, ainda tem ao seu lado um "ser humaninho" que mais enfraquece do que fortalece sua administração.
A novela política entre FM e AM ainda terá muitos capítulos, e acompanharemos cada detalhe com atenção. Afinal, os bastidores do poder nunca param de surpreender.