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Opinião

O Duelo Decisivo: O impacto do segundo turno no futuro político de Aracaju

Mitidieri, ao longo da campanha, pode ter subestimado a força de Emília Corrêa e de Valmir de Francisquinho


Foto: Divulgação

As eleições de 2024, que estão chegando ao fim, com o segundo turno marcado para o próximo dia 27 de outubro, no último domingo, mostrarão definitivamente a força que ainda tem na capital. De um lado, o governador Fábio Mitidieri com seu candidato Luiz Roberto, do PDT, e do outro, o prefeito eleito da cidade de Itabaiana, Valmir de Francisquinho, com a sua candidata Emília Corrêa, do PL. Mas veja, quero logo alertar que estou longe de ser vidente e apontar quem de fato vencerá o pleito que se aproxima; quero apenas avaliar o quanto será decisiva a vitória de um lado e a derrota do outro, como foi citado anteriormente em relação aos grupos que estão correndo riscos.

Primeiro, é importante ressaltar que toda a estratégia política deve ser bem analisada para evitar, digamos, problemas futuros. No primeiro turno, o que se viu foram ataques pessoais e o já falido marketing do mal cometendo mais uma vez "cagadas". O primeiro deles foi atacar a deputada Yandra Moura, colocando em risco inclusive seu caráter — um golpe baixo, uma vez que o real objetivo era atacar seu pai, André Moura, que tem um histórico na Justiça. Claro, não seremos hipócritas, mas ele não estava na disputa; portanto, foi desnecessário, por exemplo, citar que com a vitória de Yandra, André, seu pai, seria o manda-chuva. Alto lá, fãs de Star Wars! Bem sabemos que não é assim que a banda toca; é preciso ter maturidade política para entender o cenário como um todo. E olhe que não sou cientista político, apenas um jornalista que escreve sobre os bastidores do poder — resumindo: mais um na multidão, nada além disso.

Em segundo plano, a candidatura de Emília Corrêa. Reconheço que fiz críticas à política e à forma como o PL coordena um projeto político, e olha que precisam melhorar muito. Mas não vou aqui apontar erros; gostaria apenas de lembrar que sou "relevante" e tenho construído minha história com honra e muita verdade. Além disso, tenho um legado para chamar de meu, que é a história do meu avô Carlos Trindade (in memoriam), que fez seu nome na comunicação sergipana. Emília tem, porque não, a chance de colocar no bolso um grupo político que comanda há mais de três décadas os destinos do Estado e da capital, com exceção da eleição do ex-governador João Alves Filho, que ganhou a eleição e tornou-se prefeito em 2012 — uma quebra na história, ainda que por apenas 4 anos. Mas voltando à análise, é preciso ter coragem e discernimento para enfrentar esse grupo que não quer sair do poder, até porque há muitos que dependem da máquina. E tem um ditado que gosto: "A máquina é a máquina". No entanto, gostaria de lembrar aos desavisados de plantão que foi com a máquina na mão que o próprio ex-prefeito Edvaldo Nogueira perdeu a eleição em 2012. E foi também com a máquina na mão que o ex-governador Dr. João (in memoriam) perdeu a eleição para o jovem Marcelo Déda, em meados de 2006. E que vitória, hein?! Lembro muito bem, pois nessa época era militante do Movimento Estudantil de esquerda, que fique claro (risos).

Portanto, não podemos subestimar a força política de Emília, Ricardo e dos mais de 126 mil aracajuanos que optaram por ela no último domingo, dia 06. E pior ainda é aqueles que pensam que tudo já está definido. Mas será mesmo? É preciso ter expertise e aprender com as adversidades da política, porque quem muito comemora a vitória pode perder o pódio. Caso Emília Corrêa vença no segundo turno, ela quebrará um jejum de vitórias de mais de 30 anos do grupo político atualmente liderado pelo governador Fábio Mitidieri, que teve origem com o então governador Marcelo Déda (in memoriam). Esse grupo consolidou sua influência tanto no Estado quanto na capital, sobrevivendo a diferentes ciclos eleitorais, mesmo após a morte de Déda. A vitória de Emília representaria não apenas uma mudança de liderança, mas também uma derrota significativa para Mitidieri, enfraquecendo sua base política e o próprio PDT em Sergipe.

Além disso, a ascensão de Emília Corrêa pode abrir caminho para que Valmir de Francisquinho, prefeito eleito de Itabaiana, retome o protagonismo estadual, possivelmente mirando novamente o cargo de governador em um futuro próximo. Valmir, que já tem uma base política sólida, pode se tornar uma figura chave de oposição a Mitidieri, sendo visto como uma "pedra no sapato" do atual governador. Uma eventual derrota de Luiz Roberto e do grupo de Mitidieri não apenas deixaria o governador politicamente fragilizado, mas também poderia encorajar outros grupos de oposição a se reorganizarem, criando um cenário muito mais competitivo para as próximas eleições estaduais.

Mitidieri, ao longo da campanha, pode ter subestimado a força de Emília Corrêa e de Valmir de Francisquinho, mas como diz o ditado popular: "quem desdenha quer comprar". O governador pode estar prestes a aprender que subestimar a oposição é um erro fatal na política, onde o inesperado costuma ser o verdadeiro vencedor.

Luiz Roberto Emília Corrêa Segundo turno Opinião

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