O advogado especialista em Direito Previdenciário, João Thieres participou do Jornal da Mega segunda edição para explicar as supostas irregularidades o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Uma operação deflagrada pela Controladoria-Geral da União (CGU) e a Polícia Federal (PF) mirou, em 23 de abril, em um esquema nacional de descontos associativos não autorizados em aposentadorias e pensões.
No total, as entidades teriam cobrado de aposentados e pensionistas um valor estimado de R$ 6,3 bilhões, entre os anos de 2019 e 2024. Até o momento cinco servidores públicos foram exonerados de suas funções. Além disso, foram cumpridos 211 mandados de busca e apreensão, ordens de sequestro de bens no valor de mais de R$ 1 bilhão e seis mandados de prisão temporária no Distrito Federal e em outros 13 estados.
As supostas irregularidades aumentam a pressão política entre o Governo Federal e entidades sindicais em aposentadorias e pensões do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) renovou velhas suspeitas sobre o ministro da Previdência, Carlos Lupi (PDT), e aumentou a pressão de parlamentares da oposição e da opinião pública por sua demissão.
O profissional do Direito explicou ao jornalista Douglas Santos, os impactos do escandâlo no INSS. "Esse desconto não vinha quando o aposentado chegava no banco, que ele recebe benefício, pedia um extrato, sabia que o dinheiro vinha descontado, mas a título de que não sabia. Porque já era descontado diretamente no INSS. Para ele saber se houve esse desconto irregular, o aposentado tem que pegar um documento no INSS que descreve todo o histórico de créditos e vai ver a título de que aconteceu esse desconto. Quando ele tirava o extrato bancário, não sabia", explicou.